Minissérie política escrita por Marcílio Moraes recria manifestações populares e terá black blocs

Com 12 episódios e estreia marcada para o dia 30, história tratará de corrupção e mostrará governador investigado em uma CPI

POR ZEAN BRAVO
12/09/2014 7:00

RIO – Às vésperas das eleições, a minissérie “Plano alto” tratará de um assunto ainda pouco explorado na dramaturgia nacional: a corrupção política. Com direito a um governador investigado em uma CPI, a trama, em 12 episódios, recriará ainda cenas das manifestações que ganharam as ruas no ano passado. Escrita por Marcílio Moraes, a história terá black blocs como personagens do núcleo central. A estreia está prevista para o dia 30, na Record.

– Quero mostrar os bastidores, como as coisas vão sendo armadas, o que a gente não vê. Mas as histórias não são inspiradas em nenhum político em particular. A minha própria história serviu de inspiração. Participei do movimento estudantil (nos anos de 1960) – conta Marcílio.

A minissérie gira em torno de três personagens que representam três gerações de uma mesma família: um homem que participou da luta armada e hoje é político, governador do estado (papel de Gracindo Junior); o filho dele (Milhem Cortaz), que foi para a rua pedir o impeachment de Collor e se tornou deputado federal, e o neto (feito pelo ator Bernardo Falcone), que se torna um black bloc.

O autor situa sua trama a partir de junho de 2013. Para ele, os black blocs são a grande novidade.

– É um segmento das recentes manifestações que ganhou força. Vamos usar cenas reais e recriar as manifestações. Teremos cenas de violência – adianta.

Bernardo Falcone interpreta Rico, filho de João (Cortaz). O jovem é namorado da ativista Paula (Mariah Rocha). Durante sua participação nas manifestações, ele se envolverá com a jornalista Lucrécia (Carla Diaz), jovem que foi violentada por um político.