As Aventuras de um Barnabé

/ 2001

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“As Aventuras de um Barnabé” foi meu último trabalho exibido pela TV Globo. Fez parte de uma série dirigida pelo Roberto Farias, Brava Gente. Resolvi escrever sobre minhas lembranças de funcionário público, do tempo em que trabalhei na Funarte, e estruturei o enredo. Mas o Roberto me disse que as histórias tinham que ser baseadas em clássicos da literatura brasileira. Não seja por isso, pensei. Remexi a memória e lembrei de uma pecinha em um ato, de Machado de Assis, chamada “Quase Ministro”. Tratar uma obra do bruxo de “pecinha” pode soar como blasfêmia. Longe de mim. É um trabalho do Machado bem jovem. Enquanto teatro é precário, mas a literatura, claro, é boa. E se encaixava perfeitamente na minha trama. Então operei a mágica. Ao invés de dizer que busquei o Machado para chancelar a minha ideia, disse que desenvolvi o especial livremente inspirado no nosso maior escritor. Juntei o meu título com o dele e ficou: “As Aventuras de um Barnabé ou Quase Ministro”. Peguei o nome de alguns personagens e me vali de algumas sacadas do mestre. No mais, contei a minha história. Ficou bacana. Se lá no assento etéreo onde o mestre da ironia se encontra, visão desta vida se consente, acho que ele não levou a mal. Quem quiser que compare os dois textos.

Tese universitária da Profa. Maricélia Nunes dos Santos sobre “As Aventuras de um Barnabé ou Quase Ministro”.

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“A CONSTITUIÇÃO DAS PERSONAGENS EM AS AVENTURAS DE UM BARNABÉ”