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Sob o aspecto político, talvez Ribeirão do Tempo, de 2010, tenha sido minha novela mais ousada. Porque eu quis brincar com os mitos da esquerda. Não sei se fui mal compreendido ou compreendido além da conta. Um dos personagens centrais, Prof. Flores, é um ícone de 68 que planeja um golpe de Estado para fazer, no Brasil atual, a revolução pela qual sua geração lutou. Não houve um comentário sequer na imprensa sobre esta trama. A única repercussão de que tive noticia foi que D. Marisa tinha ficado furiosa com o fato do presidente da República ser assassinado com uma cachaça envenenada, embora eu jamais tenha dito que isto se referia a quem quer que fosse.