“Dona Flor e seus Dois Maridos” é outra série em que tive o prazer de trabalhar com os amigos Dias Gomes e Ferreira Gullar. Foi das poucas vezes que vi o Dias ansioso diante de um trabalho. Ele sentia dupla responsabilidade: pelo desafio da própria adaptação e por ser obra de um conterrâneo, e que conterrâneo! Coisa de baianos. Não foi um trabalho fácil. A adaptação para o cinema, do Leopoldo Serran, tinha feito enorme sucesso, o que aumentava a expectativa. Só que um filme de duas horas é uma coisa. Uma série de 20 capítulos, outra totalmente diferente. Na época, houve questionamentos sobre a escolha da atriz, Giulia Gamm, para o papel. Quem batalhou por ela foi o Guel Arraes, argumentando que a qualidade artística da intérprete era mais importante que o physique du role. Estava certo.