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“A Vaca Metafísica” é meu maior sucesso em teatro. Digo é porque passados quase 40 anos ela continua por aí, nos palcos. Já teve mais de 50 montagens, profissionais e semiprofissionais por esse Brasil afora. Agora mesmo, o Silnei Siqueira, responsável pela montagem mais bem sucedida da peça – ele ganhou os prêmios Molière e Melhor Diretor, da APCA, em 76 – está preparando uma nova encenação em São Paulo. Ele acredita que a peça continua atual. Eu aposto que vai ser um magnífico espetáculo.
Essa peça e me proporcionou o status de dramaturgo profissional. Com ela obtive o terceiro lugar no Concurso de Dramaturgia, do Serviço Nacional de Teatro. Este prêmio havia sido suspenso pela ditadura desde 1968. A volta do certame, em 1974, foi um dos primeiros sinais da tímida abertura política que se anunciava. “A Vaca Metafísica” teve dezenas de encenações em todo o Brasil. No Rio, foi dirigida por Flávio Rangel, em São Paulo, por Silnei Siqueira, Porto Alegre, Luciano Alabarse e por aí vai. Com ela ganhei ainda o prêmio de Revelação de Autor, da Associação Paulista de Críticos de Arte, APCA.